segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Semana da Noiva



Ser noiva, rainha por um dia, tradição e ritual presente em todas as sociedades e culturas. Sonho de toda mulher, enfeitar-se para o grande dia, quando ela será o centro das atenções, em um momento de magia e encantamento!!

Essa semana o tema do blog será casamento em homenagem a minha prima....Como já disse, vivo esse mundo dos sonhos desde que nasci, mas tenho que confessar que esta semana meu coração esta diferente! Nossa!!Estou em plena euforia, ansiedade, felicidade,nostalgia,emoção, um misto de sentimentos! Afinal, minha prima, amiga, irmã do coração Ana Olivia Loyola Pavaneli vai se casar sabádo!!Estou tão feliz de participar dos preparativos,do vestido,makes,viver e sentir esse mundo com você neguinha, algo que parecia tão longe há alguns poucos anos!! Crescemos juntas, e agora chegou sua vez, VAI SER FELIZ, o Léo te espera ansioso no altar!!
Ana Olivia e léo  foto Débora Pitanguy

História do vestido de Noiva



O vestido de noiva é um dos signos mais emblemáticos do casamento, refletindo os costumes de um povo e simbolizando, de modo deslumbrante, o amor do casal.

Um traje especial para um dia não menos importante. Independente da conotação – amorosa, comercial, familiar ou religiosa, o casamento é uma das ocasiões mais importantes na vida do casal. E para a mulher a escolha do traje sempre esteve ligada à importância que se da para esta cerimônia. A expressão “vestido de noiva”, segundo alguns historiadores, surgiu na Idade Média. Mas mesmo sem ter a consciência de uma peça exclusiva para esta data, as mulheres, já nos relatos bíblicos, sempre estiverem preocupadas em como se apresentar para a sua comunidade.

Os relatos históricos mais antigos que se têm notícia são da Grécia, onde as mulheres se vestiam de branco e usavam uma coroa, pois deste modo, quando estavam a caminho da casa do noivo, recebiam as bênçãos de Himeneu, o deus do casamento. O rosto também era coberto com véu (que protegia da inveja, mau olhado e a cobiça de outros homens) e a jovem carregava uma tocha (símbolo do deus).


Noiva Grega
Foram com os romanos civilizados que surgiu a concepção de se criar trajes inéditos e diferenciados para a cerimônia do casamento. As romanas vestiam uma túnica branca e se envolvia com um véu de linho muito fino de cor púrpura, que levava o nome de flammeum. Nos cabelos, tranças ornadas com flores de verbena.



Escultura figurativa de uma noiva romana e acompanhantes

Após a queda do Império Romano a referência passou a ser a corte bizantina, onde as noivas se casavam com sedas vermelhas bordadas em ouro e traziam no cabelo tranças feitas com fios dourados, pedras preciosas e flores perfumadas.

Na Idade Média a consolidação do cristianismo impôs ao matrimônio uma carga religiosa sacra, que perdura, em parte, até os dias de hoje. Surge o vestido de noiva, propriamente dito, com uma simbologia de poder e com uma função social determinada. A noiva era apresentada à sociedade com todas as suas jóias – broches, tiaras, braceletes, vários colares e muitos anéis (podendo ser mais de um em cada dedo), com um vestido vermelho ricamente bordado e sobre a cabeça um véu branco bordado com fios dourados. O vermelho remetia à capacidade da noiva de gerar sangue novo, dando continuidade ao clã, e o véu falava da sua castidade.

Avançando um pouco mais na história, chegamos às noivas burguesas, de uma classe recém criada e que queriam mostrar todo o seu poderio frente à nobreza. Ela era mostrada com o ventre saliente, demonstrando a sua capacidade de procriar.


Casal Arnolfini, tela mais famosa do pintor Jan van Eyck, que para muitos historiadores registra um matrimônio burguês

Já a noiva do Renascimento, em conseqüência da ascensão da burguesia mercantil, passou a se apresentar com mais luxo, em vestidos de veludo e brocado, ostentando o brasão de sua família e as cores da família de seu noivo.

E neste momento entra em cena a thiara, que passa a ser um adereço obrigatório, antecedendo a conhecida grinalda dos dias de hoje. Uso de anéis era importante para demonstrar o poder financeiro do novo casal.

A corte católica espanhola, no final do Renascimento, determina o preto como cor correta a ser usada, como sinal de moral religiosa. No sul do Brasil sob influência da imigração alemã e em outras regiões do interior do país, as famílias guardam retratos de noivas que, até por volta de 1910, casavam de negro.

Mas o interessante é que neste período, de imposição de um tom escuro para as noivas, é que surge o tradicional vestido branco, vigente até os dias de hoje, reinando absoluto como sinal de bom gosto e elegância.

Existem três teorias para o surgimento do branco. Uns afirmam que a primeira a se vestir de branco foi a italiana Maria de Médici, que aos catorze anos se casou com o herdeiro do trono francês, Henrique IV. Era católica, mas não concordava com a estética religiosa, e escolheu um brocado branco para demonstrar toda a exuberância de sua corte. Mas o grande efeito foi causado pelo decote quadrado com o colo à mostra. “Rica veste branca, ornada em ouro, que mostrava o candor virginal da noiva” – foram as palavras escolhidas por Michelangelo Buonarote, grande artista da época, para descrever o vestido.


Casamento de Maria de Médici e Henrique IV por Peter Paul Rubens


Para outros historiadores a pioneira foi a rainha Mary Stuart, da Escócia, que escolheu o branco em homagem à família Guise, se sua mãe, que tinha a cor branca no brasão. Isto no Século XVI.

Uma terceira corrente afirma que a rainha Vitória da Inglaterra passou a ditar moda após se casar com o príncipe Albert, no século XIX, com um esplendoroso traje, com vestido e véu brancos e sem coroa, o que foi inédito. Vale dizer que de todos os casamentos históricos citados este foi o único que aconteceu pela existência de um amor recíproco e por ser rainha foi ela quem pediu o amado em casamento. E não a nada mais vitoriano do que o vestido bolo-de-noiva.


Casamento da Rainha Vitória da Inglaterra


No período Rococó os vestidos passaram a ser confeccionados com tecido brilhantes, brodados com pedrarias, com babados de renda nas mangas e decotes. As cores prediletas eram as florais em tons pastel. Peculiarmente as noivas usavam um peruca conhecida como Pouf de Sentimento, onde era colocado um cupido, o retrato do noivo, frutas e verduras que representavam a abundância para o novo lar.

A discrição e o puritanismo chegou com a Revolução Francesa. Ao traje branco, símbolo do caráter e da pureza virginal da noiva, ganhou acessórios: véu branco e transparente, significado de sua castidade, preso à cabeça por uma guirlanda de flores de cera. O linho, a lã e os tecidos opacos passam a ser mais adequados.

Desde então o traje nupcial é branco, sendo que as variações existentes acontecem no formato, corte e volume, de acordo com a moda corrente. Não podendo deixar nunca de ser o mais luxuoso que uma mulher usará em toda a sua vida.

O papa Pio IX declarou que as noivas deveriam usar o branco como símbolo da Imaculada Conceição, do mesmo modo de Maria, a Imaculada. A noiva do Romantismo passa também a usar um adereço de mão, que poderia ser um terço ou livrinho de orações. Com o Iluminismo, no final do Século XIX, o branco ganha mais uma interpetração: a idéia de luz, e a noiva agrega ao seu traje a flor de laranjeira, sinônimo de fertilidade.

O estilo Liberty impôs que a noiva fosse uma flor: pura como o lírio, nobre como a rosa, delicada como a margarida, apaixonante como a orquídea. Nas mãos um buquê de flores colhidas no dia. A noiva que melhor representa este período foi a princesa Sissi, que se tornou Imperatriz da Áustria ao se casar com Francisco José, em 1854.

Imperatriz Sissi, que teve a sua vida encenada em um dos maiores clásicos de Hollywood, o filme “Sissi, a Imperatriz”, de Ernst Mariscka

“No século XX o traje nupcial acompanhou toda a evolução da moda, acompanhando o sistema de alta costura que vestiu todas as princesas do século e foi divulgado pelas revistas e figurinos de moda e posteriormente pelo cinema e pela televisão.

Se o vestido da noiva nasce como símbolo do patrimônio das famílias, da fertilidade da esposa e da paixão entre o casal, hoje estes símbolos estão sendo resgatados e projetados para o século XXI. Os atuais vestidos de noiva têm sido apresentados nas cores da paixão, da pureza e adornados de múltiplas flores remetendo a todo tipo de fertilidade amorosa. Mais do que nunca, estes vestidos têm sido apresentado com tecidos luxuosos, brilhantes e bordados e sua alta carga simbólica continua a representar o papel da mulher dentro da instituição do casamento, hoje vista não como representação do patrimônio familiar paterno, mas como uma parceira à altura das competências do marido como provedor.” (de Queila Ferraz)


É com toda esta carga histórica, que o ateliê Tutuce Devós Noivas vem construindo verdadeiras obras de arte em matéria de vestidos de noiva. A noiva Tutuce Devós, é clássica, chique, elegante, uma verdadeira rainha em seu dia de deslumbre. Essa semana quem representa o Trono Será Ana Olivia Loyola Pavaneli, aguardem!!!


Ana Olivia e Léo Oliveira foto: Debora Pitanguy



6 comentários:

  1. Como em outras artes, o vestido de noiva também retrata o que se vivia em cada período da história . . . estou adorando . . .

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  2. Que linda homenagem Maria Julia. Adorei. Linda foto Ana Olivia...está chegando a hora!!!!!1

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    1. Oi Vaninha!!!Adorei você aqui nos comentários!! obrigada!! vamos curtir o casamento!! fala pra Fernanda passar aqui no blog depois!!bjim

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  3. Adorei o Blog Maria Júlia!!! Amei a história do vestido de noiva!! Muitos beijos com carinho meus e do Biel

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    1. Clarissa, que bom! Fico feliz! Beijos em vcs tbm!! Um bem gostoso no biel!!!!!

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